Pois então, já estou há mais de um ano fora de Belo Horizonte, nove meses (!) numa ilha paradisíaca no sul da Tailândia. Sou rica? Na-na-ni-na-não, muito pelo contrário. Então como consigo viajar esse tempo todo sem ter muito dinheiro? Pois é possível viajar barato (ou até mesmo de graça!), usando uma série de ferramentas que permitem que você conheça novos lugares, novas pessoas, aprenda e ainda economize dinheiro. Listo aqui meus segredinhos para conseguir passar tanto tempo viajando, além de continuar trabalhando mesmo na estrada.

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Hospedagem de graça ou super barata

1. Couchsurfing

O objetivo do Couchsurfing não é dar hospedagem de graça, mas fornecer uma ferramenta de economia compartilhada e trocas culturais: hospedando alguém ou sendo hospedado você tem chances de conhecer a cultura de outros países de um jeito super divertido e econômico. Eu participo da rede desde 2009 e usei para viagens no Brasil e hospedei alguns estrangeiros. Mas tem gente que viaja o mundo usando o CS e são sempre experiências incríveis.

 

2. Guest to Guest

Já ouviu falar de Home Sharing? A ideia existe há tempos e já virou até assunto de filme:


Mas nem sempre é fácil achar alguém disposto a viajar pra sua casa no mesmo período que você quer viajar para a casa de outra pessoa. Por isso além do já famoso Home Exchange (que é pago) surgiu a Guest to Guest (que é gratuito): você oferece sua casa quando não estiver lá e ganha pontos para ficar na casa de outra pessoa quando quiser. Se você usar esse link já ganha 500 pontos pra começar a experimentar troca de casas por aí. Que tal não pagar hospedagem na sua próxima viagem?

 

3. Agoda

Aplicativo incrível para achar hospedagens baratas. Acho melhor do que o já famoso Booking.com. Usei pra achar um hostel sensacionalmente limpo e organizado no melhor bairro de Kuala Lumpur que custou 23 reais (!) a noite. Além disso marquei outras hospedagens que acabei não usando, e como cancelei a tempo pelo aplicativo, tive o dinheiro de volta. O Agoda tem o melhor atendimento ao consumidor ever.

 

4. AirBnB

Usei o Airbnb pela primeira vez quando fui pra Curitiba e a cidade estava com os hotéis locatos. Estava indo com uma amiga e mesmo um mês antes da viagem era impossível conseguir algo sem pagar tubos de dinheiro. Aí lembrei do AirBnb, onde você se hospeda em casas de pessoas que moram no lugar e paga valores muitas vezes mais baratos que hotéis, pousadas ou hostels. Tem de tudo, de casas inteiras a quartos inteiros ou mesmo camas em quartos compartilhados. Eu e Isabella, minha amiga dessa viagem a Curitiba, conseguimos um quarto gigantesco com duas camas de casal, um banheiro exclusivo (maior que meu quarto de apartamento em BH na época) no último andar de um prédio bem perto de uma das praças  mais famosas da cidade. Vista linda, localização privilegada por cerca de 60 reais por dia (dividido pra duas pessoas, ou seja 30 reais para cada). Mais barato que hostel. Cadastra lá usando esse link e ganhe créditos pra começar a viajar.

 

Voluntariar em troca de hospedagem

1. Worldpackers

Se você vai fazer uma viagem longa, ficando pelo menos duas semanas em cada lugar, uma excdelente opção para economizar com hospedagem é voluntariar em troca disso. O Worldpackers é um site brasileiro que não cobra assinatura para entrada, mas um valor quando você fecha uma proposta de voluntariado. Não cheguei a usar o site porque quando vim para a Tailândia não tinham muitas opções por aqui, especialmente com os requisitos que eu queria. Mas tenho amigos que já usaram a ferramenta e tiveram ótimas experiências. Use esse link para cadastrar e já ganhe descontos.

 

2. Workaway

Nesse site tem mais opções, mas é preciso pagar uma assinatura anual (bem barata, 29 dólares por pessoa ou 38 por casal, por um ano). Cada lugar vai pedir tarefas, skills e um tempo diferente e vai oferecer coisas diferentes também. Eu achei um lugar aqui na ilha que pedia 6 horas de trabalho por dia, usando minhas habilidades de online marketing, e oferecia hospedagem (um quarto só pra mim!) e três refeições por dia em troca. Já em Bangkok eu ensinei inglês para Tailandeses durante duas a três horas por dia em troca de hospedagem em um quarto compartilhado, sem nenhuma refeição inclusa (nem água!). Então depende mesmo de onde você vai, já vi oferecimentos de cuidar dos cachorros de uma pessoa que iria ficar dois meses fora em troca de ficar hospedado, a casa inteira só pro hóspede. Mamão com açúcar, né?

 

3. WWOOF

Se você está cansado de cidade grande e quer conhecer outros países viajando pelo interior deles, trabalhar em fazendas de orgânicos é uma ótima pedida. Além de comida inclusa e saudável, hospedagens grátis em lugares de tirar o fôlego, natureza, ar limpo e contato com a terra e a gente simples. Se essa descrição que acabei de fazer cabe nos seus sonhos, o World Wide Opportunities on Organic Farms é pra você. Você paga a anuidade por país que quer visitar e faz contato com as fazendas pelo site. Ainda não usei esse serviço, mas espero fazê-lo.

 

4. House Sitting

Ama animais de estimação? Você pode querer cuidar de um gatinho ou cachorrinho fofo em troca de ficar na casa de alguém. Parece boa a proposta? É só entrear no site House Sitting, pessoas que tem  animais de estimação e precisam viajar oferecem suas casas em troca de alguém que cuide dos seus bichinhos. Precisa pagar para acessar a ferramenta, e essa eu ainda não usei.

 

Passagens aéreas em promoção

1. Kayak

O Kayak é um aplicativo para busca de passagens aéreas. Já encontrei muita coisa barata, e a grande vantagem é que é mega fácil e rápido marcar uma passagem por ele, sem ter que enfrentar sites horrendos de algumas companihas aéreas (Air Asia, por exemplo). Em vez de gastar meia hora pra comprar uma passagem, eu gasto menos de 5 minutos entre pesquisar, comparar e comprar. Além do que quando a gente está no exterior, dependendo do seu banco, uma transação online pode não ser tão fácil de terminar (o meu por exemplo fica pedindo confirmações por SMS que eu não tenho como receber, já que estou na Tailândia e meu número brasileiro não funciona aqui). Com o Kayak não tem nada disso, eu consigo comprar a passagem sem problemas. Já voei duas vezes com passagens compradas pelo aplicativo e é tudo perfeito. Excelente para a vida de quem compra as passagens durante o percurso da viagem.

2. Skyscanner

Já mais famoso, é bom para planejamento mais extenso da viagem, especialmente passagens internacionais de ida e volta. Como você coloca o mês e não o dia que pretende viajar, ele mostra um gráfico de que dia aquele trecho que você quer comprar vai estar mais barato. Assim, para quem quer aproveitar a promoção e tem como escolher o dia dentro de um intervalo (de uma semana, por exemplo) é a melhor opção. Dá pra buscar por país, saber o mês mais barato do ano, criar alertas, enfim, super ferramenta de planejamento de viagem.

3. Skiplagged

Esse foi dica da Thais Coelho, um app que além de buscar o que o Skyscanner e o Kayak buscam, também faz outras buscas, como voos com conexões escondidas que ficam mais barato ou em vez de passagens de ida e volta, trechos que combinados ficam mais barato do que comprando tradicionalmente pelo site. Dá uma olhada.

 

4. Melhores Destinos

Esse é para viajantes de oportunidade, gente que tem super flexibilidade de datas e conta com aquela poupancinha de viagem para aproveitar super promoções. Você pode baixar uma extensão para o Google Chrome e recebe todos os dias ao ligar o computador alguns avisos de promoções relâmpago, Tem coisas absurdas, tipo ida e volta pro Caribe por menos de 700 reais, ida e volta pra europa por mil e poucos reais (ou menos!). Eles são um blog que pesquisa promoções, então no blog mesmo você pode ver de onde para onde e datas em que você pode conseguir os melhores preços. Mas fique esperto, geralmente as passagens promocionais acabam em poucas horas. Eu achei minha passagem pra Bangkok em uma das promoções qque eles pesquisaram.

 

Para passagens, confira sempre as dicas que dei sobre vistos de trânsito e dicas para viajar para o exterior pela primeira vez. Se estiver pesquisando dicas para viajar para a Tailândia ou Sudeste asiático, você vai gostar desse post.

 

Como se locomover barato viajando

1. Transporte público

Primeira coisa a se fazer quando se chega em alguma cidade é descobrir quais as opções de transporte público. Parece meio óbvia a dica, mas se a gente dedicar o tempo necessário pra isso descobre, por exemplo, que em Kuala Lumpur tem um ônibus que circula de graça e que tem dois transportes públicos para o aeroporto, um custando cinco vezes menos (!) que o outro e gastando só o dobro do tempo (ônibus: 1 hora, 11 reais, trem expresso: 28 minutos, 55 reais). Mesma coisa para Bangkok, você paga os ônibus e metrô pelo trecho que anda, e ônibus é super, mega, hiper barato (tem trechos que fiz por menos de 1 real). Basta saber o nome do lugar que você vai e falar para o trocador (que não entende inglês, mas pelo menos os nomes das atrações turísticas ele entende). Um pouco de paciência e ajuda do Google maps e você pode gastar 10% do valor que gastaria se agisse sem pensar.

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2. Uber

Tem lugares em que o Uber é mais barato do que andar de táxi, e se for de noite ou não tiver transporte público pra ir a algum lugar, eu prefiro usar Uber. Já usei em BH (que é mais caro do que táxi, mas mais confortável) em Bangkok (motoristas que falam inglês, amém) e em Kuala Lumpur (MUITO mais barato e melhor do que táxis, também com motoristas que falam inglês). Use esse código pra cadastrar:  y3xzw e ganhe 20 reais em créditos no Uber. Já dá pra voltar pra casa de graça hoje com essa minha dica, hein?

 

3. Moto (para cidades de interior no sudeste asiático)

Ao contrário do que diz a lei, na prática não é preciso carteira de motorista internacional para pilotar moto na Tailândia. E sei de amigos que viajaram por outros países por aqui (Laos, Camboja, Myanmar, Vietnã) que também não tinham licença internacional de habilitação e mesmo assim andaram de moto adoidado por aí. Assim como no Brasil as autoridades de vários lugares fazem vista grossa pra algumas coisas, e a carteira de motorista é uma delas.

Quase todos os turistas que andam por aqui alugam e/ou compram motos (dessas automáticas, tipo honda biz) e aprendem por conta própria a pilotar. Eu nunca tinha dirigido uma moto na vida até outubro do ano passado, quando tomei coragem, aluguei uma moto por um dia, pedi umas lições de direção pra um amigo brasileiro que estava aqui e voilá! 8 meses depois e já dirijo motos semi automáticas (que tem que passar marcha, mas não precisa usar a embreagem) e até um sidecar (essas motos com um outro assento acoplado de um lado).

Quanto custa? Aqui na ilha onde estou, cerca de 15 reais por dia (se você alugar por curtos períodos, dias ou semanas) podendo chegar a custar até cerca de 6 reais/dia se você alugar uma moto por um mês. Ou se você tiver grana pra investir, dá pra comprar uma moto e vendê-la (se bobear pelo mesmo preço) se for passar mais de um mês no mesmo lugar. Ou seja, custo quase zero, fora a gasolina (um tanque cheio aqui custa cerca de 7 reais e dá pra rodar cerca de 60km).

Se estiver vindo para Ko Phangan, confira mais dicas para a ilha aqui.

 

Se quiser se inspirar, leia esse e-book de uma brasileira que fez uma Eurotrip de 3 meses sem gastar nada além das passagens de ida e volta. O projeto chama Portas Abertas e a ideia era exatamente provar que dinheiro não é o mais importante numa viagem! E se você ainda quer ter uma noção de quanto custa aprender yoga na Tailândia, confere esse outro post!

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